É uma junção de tantas outras. A cor resultante? É essa, não sei dizer o nome, nem sequer de quais surgiu. É daquele tipo que você sabe que existe, mas os outros nunca sabem qual é. Ninguém acha que é a mesma cor, parece daltonismo. Vez ou outra, chegam perto e pensa que finalmente vão chegar a um consenso, mas logo se decepciona e continua sendo uma cor particular. Não que haja defeito na singularidade que ela implica, não mesmo. Não se torna incômodo a ponto de também se tornar insuportável. Provavelmente, incomoda mais a necessidade de tornar nitidamente certo. Perturba-me, em vários momentos, que não sei explicar o que se passa e o que vejo. No começo a mistura foi interessante, necessária. Só quando não tinha controle do resultado é que me pareceu assustador. Não dá pra separar. A cor que me veio é bonita, mas talvez preferisse vermelho ou algo mais simples de mostrar.
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Não classificaria como ciúmes o sentimento que me toma o peito todas as vezes que te imagino em outros braços. Talvez até seja, mas prefiro acreditar que a nostalgia e a saudade me incomodam bem mais do que a idéia de um sentimento tão comum. Já falei sobre o vermelho, não gosto das cores mais fáceis. Seria fácil demais dizer que é o preto que me escurece as vistas, prefiro lilás, é o lilás que me insulta o ritmo das batidas. Tenho tentado manter o equilíbrio e esquecer a falta que me faz não ver o teu sorriso. Tenho tentado esquecer-me de como era bom me aconchegar no teu corpo, te perceber tão maior e tão protetor. Não poderia ser ciúmes o que me incomoda tanto, prefiro que seja lilás.