sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

dernière.

Descemos numa rua qualquer pra encontrar com a moça do pó. Uma fada Sininho com 60 conto de giz e pouca simpatia. Eu já conhecia o esquema “Oi, beleza? Tá aqui. Obrigada”.

Fomos umas 4 ou 5 vezes.

Nem me dou mais conta do que entra na cabeça, além das vontades instantâneas e rejeitáveis. Nessas horas, costumo vasculhar o celular em busca de algum número que faça sentido e no fim acaba por ser uma roleta russa, qualquer um serve. Não deveria servir, deveria ser um em especial, deveria várias outras coisas e mesmo assim eu não saberia o que fazer de verdade.

Eu sinto falta de quando as coisas aconteciam em um banheiro vagabundo, em cima de um mármore verde, com discussões sobre quem dividiria os esquemas.

Essa cidade é um grande palco, sabe. Teatros e teatros. Várias encenações. Eu já fiz algumas e me pergunto até quando vou continuar fazendo. Em diversos momentos, penso seriamente em deixar a trupe para trás e desistir dessa vida de atriz.