quarta-feira, 4 de março de 2009

you won't be coming back

Hoje decidiu passar o dia a lembrar daquele amor gasto que um dia tivera. Achava que ele seria o ápice da existência, aquele amor era igualado à vida e, cada respiração ofegante, ao lado daquela pessoa, era um troféu.

Sorriu ao pensar nisso tudo. Coisa tão pouca. Não era falta de respeito, tampouco despeito, mas aquele amor foi só mais um. Foi um amor de criança, de amadurecimento, tão diferente de tudo que imaginara: não houve casamento, nem fizeram compras juntos no supermercado, nada de filhos ou almoços de família. Simplesmente acabou.

E hoje ela imaginava o desespero que viveu! Deuses! Aquilo era morrer. Dizia a si mesma que não suportaria aquela dor, perdia uma metade sua que nunca lhe seria devolvida... e os sonhos?! A vida gasta, os planos desfeitos, os tantos outros feitos. O que seria dela partida ao meio? Não houve nada – sim, de facto ela não se curou em pouco tempo – entretanto, os anos passaram e viu que continuava completa, aqueles pedaços não foram corroídos, apenas tomaram uma forma nova, mais trabalhada.

Sim, pensando melhor, ela ficou estranhamente mais completa.