quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

contra-senso


Penso que a sanidade era lançada aos poucos, em cada palavra que lhe dizia, dessa forma, gradualmente todos os dias viraram o mesmo ato de se perder, de brincar de perceber o que podiam fazer, até onde podiam ir, como se os limites estivessem apagados e pudessem pisar neles por pura implicância.

A impressão que tinham era a de que haviam inventado um jogo novo, com regras próprias e onde não se descobriu ainda quem ganha no final, nem mesmo se vai haver um vencedor no final. Era fácil viver assim, bastava sentar-se numa calçada e ouvir beirut para os tempos estarem certos, ou se beijarem por minutos incontáveis, protegidos da chuva e dos olhares, embaixo do guarda-chuva. A verdade é que se perdiam por muito pouco.

3 comentários:

Anônimo disse...

"O tempo passa, mesmo não parecendo..., mesmo nos mais belos e poéticos momentos, mesmo com a noite longa, mesmo com o despencar de pingos suaves no guarda-chuva, mesmmo com a melodia...que se repete, repete... aos nossos ouvidos!"

Saudades...
k.b

Anônimo disse...

Vida, limites e beijos, o jogo ou a entrega? Quebrar tudo isso e viver antes que se morra. Valeu pelo coment.!

Jamila Zgiet disse...

eu entendo, mas não vivo as coisas dessa forma... não mais... e quando me dava oportunidades como essa, nunca deixei que o corpo mandasse. nunca deixei que o tempo passasse sem que eu percebesse. manter o controle sempre foi importante para mim. não me orgulho disso. me orgulho de você. não tenho o que julgar, o que sugerir, o que oferecer. espero que meu coração tenha mudado para melhor nos últimos anos, que ele seja capaz de te compreender melhor, te aceitar em qualquer situação.
felicidade sempre, amiga minha, aqui, em portugal ou no japão. que as escolhas sejam mesmo escolhas e não imposições das circunstâncias. amo você.